Leonardo da Vinci, o gênio universal

    Adoro ler biografias.

Aprender com a experiência de vida de alguém pode ser um atalho para decisões bem sucedidas.

E se esta pessoa for iluminada o aprendizado deixa de ser um atalho e passa a ser um presente divino.

Por este motivo este gênero literário tanto me atrai.

Estou lendo agora a biografia de Leonardo Da Vinci, um dos artistas mais brilhantes que já viveram neste planeta. A biografia é fruto de um trabalho de pesquisa intenso e extenso feita pelo escritor Walter Isaacson, biografo de Albert Einstein, Steve Jobs e Benjamin Franklin.

Senti que deveria compartilhar com vocês essa experiência literária como inspiração para este ano novo.

E já que estamos tão intimamente ligados à arte, vale a pena falarmos sobre este homem.

Leonardo Da Vinci foi e é conhecido principalmente por ter pintado os dois quadros mais vistos e admirados do Mundo: Mona Lisa e A Santa Ceia.

Paralelamente, além de um pintor brilhante e revolucionário, incomparável até hoje, Leonardo foi um criativo inventor, cenógrafo, artesão e criador de instrumentos musicais, inventor de armas de guerra, escultor e até poeta.

Uma mente inquieta e curiosa que tinha uma sede infinita por conhecimento.

Ao ler as páginas deste livro e voltar 550 anos no tempo me senti minúsculo diante de ver o quanto de conhecimento e informações temos a nossa disposição hoje e o quão pouco agimos e criamos com tudo isso.

Artistas como Da Vinci viveram em uma época de escassos meios tecnológicos, conhecimentos limitados e acesso físico a informação muito restrito.

Mesmo com tão pouco ele conseguiu pintar imagens que uniam conhecimentos profundos de geometria, ótica, fisiologia humana, psicologia, botânica, física e colorimetria.

Ele estudou realizou autopsias clandestinamente para entender como funcionavam os músculos humanos conforme os movimentos e gestos corporais. Ele foi a fundo para poder aplicar o conhecimento em suas esculturas e pinturas.

Também criou técnicas como o Sfumato, em que linhas tênues e não definidas eram pintadas em camadas para darem a sensação real e humana de movimento e profundidade.

O gênio Leonardo dominava o chiaroscuro criando profundidade inigualável somada ao seu conhecimento anatômico. Um realismo tão profundo que nem as fotografias atuais conseguem tamanha proeza.

Ele andava pelas ruas de Florença e Milão com um caderninho pendurado na cinta para fazer esboços de pessoas e situações. Como o papel era raro e muito caro, ele preenchia todos os espaços vazios em branco de seus cadernos para não perder seus rompantes criativos.

Vejam como a pratica diária e a observação podem nos tornar melhores artistas. Não reclame mais de meios escassos, apenas vá criar com o que tem em mãos.

Da Vinci deixou mais de 20 mil páginas de rascunhos, anotações e desenhos, aproximadamente 7 mil ainda existem.

Ele mostrou que temos de praticar a fixação do aprendizado, e fazia isso em seus rascunhos. Uma dica impagável.

Diante da critica que alguns outros biógrafos fizeram muito superficialmente, de que ele teria deixado muitas obras inacabadas, Walter Isaacson, o escritor deste livro, rebate mostrando que Leonardo voltava às suas obras sempre que aprendia ou inventava uma nova técnica. Ele assim o fez por mais de 30 vezes com a obra prima Mona Lisa.

Era um perfeccionista visionário.

Ele tinha uma maneira otimista de ver a vida.

Leonardo da Vinci criou e deixou para a humanidade um lembrete de que o homem pode ser genial e ilimitado em sua criatividade. Mas que toda obra prima é resultado de muita dedicação e esmero quase obsessivo.

E esse é o grande ponto deste texto:

Nada vem à toa, tudo é obra de trabalho árduo e incansável.

Um aprendizado universal. E na minha opinião, o seu maior ensinamento.